sábado, 12 de maio de 2012

Re-upando texto. Apenas pra não o perder.

“1. Nós nos conhecemos. Na vida, existem vários tipos de pessoa que vão passar por você. Aquelas que você tem muita vontade de ser amigo, mas sabe que não vai. As que você não gosta logo de cara e corta qualquer aproximação. As indiferentes… E outros milhões de tipos. Você não tinha um tipo. Como uma incógnita, eu não sabia o que esperar de ti… Ou se devia esperar algo. E depois eu descobri que você é exatamente como um labirinto. Eu podia passar longe, ficar de fora e seguir com a minha vida, sem me incomodar. Sem me meter em problemas. Mas não, eu escolhi entrar e me perder pelas suas paredes traiçoeiras e que mudam o tempo todo… E agora eu não consigo achar meu rumo de volta pra casa. Porém, a primeira vista, por assim dizer, eu nunca achei que qualquer conversa entre nós fosse passar de “oi”. O que eu mais queria de você era distância. Mas às vezes a vida te surpreende com algo bom, certo? É claro que esse bom às vezes também se transforma em ruim, mas mesmo assim. […] Você lembra de como nós conversávamos? Cheios de indiretas, de segundas intenções, que deveriam ser discretas, mas que todo mundo percebia. Eu notei que achei alguém especial. Eu poderia falar com você por horas e nunca me cansar, ficar entediado ou querer me despedir. Eu poderia te contar segredos, coisas que fiz quando era criança, meus sonhos, medos, sabendo que você não julgaria e que você provavelmente me aceitaria mesmo se eu fosse a pessoa mais estranha e complexa do mundo. Você não era o que eu procurava em alguém, o que eu queria pra mim. Você era mais. Eu comecei a pensar em você um pouquinho demais. 2. Eu me apaixonei por você. E você, por alguma razão desconhecida, sorte (ou seria azar?), destino, milagre… Se apaixonou por mim também. Sem motivos, mas se apaixonou. Quem poderia dizer? Um pouco antes de começarmos a conversar, se alguém me dissesse que ali pra frente eu me apaixonaria por você, eu riria e diria que isso era uma coisa totalmente impossível de acontecer. Mas aconteceu. No começo era tudo perfeito, não era? Lembra do que casal feliz? Daquele casal que as pessoas diziam que era perfeito? Daquelas duas pessoas que existiam naquele tempo e que, mesmo feias separadas, eram extremamente bonitinhas juntas? A distância física entre nós era grande… Mas eu te sentia mais perto de mim do que me sentia de algumas pessoas que estavam a dez metros de distância. [Everything will changed, nothing stays the same… Nobody is perfect.] 3. Nós mudamos. As coisas sempre mudam, afinal. E, hoje, tudo que sobrou das duas pessoas que éramos, são os papéis patéticos de ex-namorados que estão tentando fazer o impossível: não se magoar. Mas sabe o que é estranho? Ficar longe machuca… E ficar perto machuca de um jeito que é até gostoso. [People say goodbye, in their own special way.] 4. Nós tentamos esquecer. E se eu estou escrevendo esse texto, aqui e agora, você sabe o que significa. Eu tentei muito não enxergar uma coisa. Tentei não ver que que ignorar uma pessoa e me afastar dela não significa que a esqueci. Às vezes, significa que eu lembro dela mais ainda. [Oh, you’re in my veins and i cannot get you out. Oh, you’re all i taste at night inside of my mouth.] Apaguei suas mensagens do meu celular, mas não consegui apagar da minha cabeça aquela madrugada em que você ligou só pra dizer que me ama. Deletei suas fotos do meu computador, mas não consegui deletar seu sorriso malicioso da minha mente. Excluí você em todas as redes sociais que pude, mas não achei o botãozinho pra te excluir aqui de dentro. Prometi não chorar no dia que deveria ser nosso aniversário de namoro (ou agora de término?), mas tudo que consegui foi lembrar daquela velha promessa do “para sempre” que fizemos. Quanto tempo durou o nosso para sempre? Ou ele ainda não acabou? [Oh, you run away, cause i am not what you found.] […] É um pouco irritante. Que naquele momento em que você mais quer esquecer alguém, tudo conspira contra você e mais te faz lembrar. Eu conheci pelo menos umas quinze pessoas que tem o seu nome nesses últimos tempos, e a sua cidade parece que me persegue. Acontece com você também? Ou você nem repara nesses detalhes? E, sabe, depois de você, eu fiquei cheio de medos. De me apegar, de gostar demais, de criar uma dependência em alguém e depois ser obrigado a ficar sem essa pessoa. Quando eu sinto que tô me aproximando demais de alguém, chegando muito perto, eu me afasto. Eu evito aproximações, pra evitar separações. Tudo por sua causa. [Nothing goes as planned, everything will break.] Às vezes eu acho que não vou conseguir me entregar totalmente, de corpo e alma, por inteiro, de novo… Dá uma sensação de que sempre vai ter algo que me impedindo. E esse texto não vai ter um final, porque eu ainda sinto (em algum lugar aqui dentro) que a história ainda não acabou também.”