domingo, 3 de fevereiro de 2013

"Chora de manso e no íntimo... Procura Curtir sem queixa o mal que te crucia: O mundo é sem piedade e até riria Da tua inconsolável amargura.

Só a dor enobrece e é grande e é pura. Aprende a amá-la que a amarás um dia. Então ela será tua alegria, E será, ela só, tua ventura...

A vida é vã como a sombra que passa... Sofre sereno e de alma sobranceira, Sem um grito sequer, tua desgraça.

Encerra em ti tua tristeza inteira. E pede humildemente a Deus que a faça Tua doce e constante companheira..."

Renúncia - Manuel Bandeira

A tristeza no aprendizado é tão importante quanto o silêncio no amadurecimento? Pois digo, senhores e senhoras, que é tempo de silêncio. Tempo de pensar mais e escrever menos. Agir mais, zelar mais, cuidar mais. Ainda que a dedicação devida a tudo isso exija "tempo". Tempo?

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(Blog desativado por um período indefinido daquilo que costumam chamar de "tempo".)
Às vezes dava para olhar o céu. Naquela tarde ele não estava tão azul, as nuvens alaranjadas a oeste formavam figuras. Observava-as quando, de súbito, a ânsia em conhecer o futuro transformou-se em algum tipo de lembrança nostálgica, daquilo que tal como as formas nas nuvens passara e desfizera-se depressa.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"Soldados feridos em todos os hospitais; soldados mortos. E as rosas dos jardins paulistas enfeitando túmulos. Túmulos cheios de rosas; olhos cheios de lágrimas; lábios cheios de orações... As esperanças caindo uma por uma como folhas mortas. Dor. Angústia. Desalento. Névoa no céu e na terra; nos olhos e nas almas. Desilusão."
Éramos Seis (Maria José Dupré), p. 219.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Éramos de tudo um pouco, mas éramos também pouco diante de tudo que existia. Tão simples que impressionava, tão complexos que confundia. Egoístas. Choramos juntos pois perdemos sozinhos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ah, mulher! Tão forte nas dificuldades, tão sensível nos detalhes...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Num dia ela me disse com todas as letras que o seu coração nunca mais seria quebrado, mas noutro sentiu saudade de qualquer resquício que restara daquele velho medo do amor, e decidiu que tentaria de novo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

As palavras mortas e enferrujadas te diriam para seguir em frente, mas não é isso o que chega aos seus ouvidos. São palavras novas, afiadas. Palavras que lhe julgam e, antes que você as diga, elas percorrem-lhe a garganta.