domingo, 3 de fevereiro de 2013

"Chora de manso e no íntimo... Procura Curtir sem queixa o mal que te crucia: O mundo é sem piedade e até riria Da tua inconsolável amargura.

Só a dor enobrece e é grande e é pura. Aprende a amá-la que a amarás um dia. Então ela será tua alegria, E será, ela só, tua ventura...

A vida é vã como a sombra que passa... Sofre sereno e de alma sobranceira, Sem um grito sequer, tua desgraça.

Encerra em ti tua tristeza inteira. E pede humildemente a Deus que a faça Tua doce e constante companheira..."

Renúncia - Manuel Bandeira

A tristeza no aprendizado é tão importante quanto o silêncio no amadurecimento? Pois digo, senhores e senhoras, que é tempo de silêncio. Tempo de pensar mais e escrever menos. Agir mais, zelar mais, cuidar mais. Ainda que a dedicação devida a tudo isso exija "tempo". Tempo?

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(Blog desativado por um período indefinido daquilo que costumam chamar de "tempo".)
Às vezes dava para olhar o céu. Naquela tarde ele não estava tão azul, as nuvens alaranjadas a oeste formavam figuras. Observava-as quando, de súbito, a ânsia em conhecer o futuro transformou-se em algum tipo de lembrança nostálgica, daquilo que tal como as formas nas nuvens passara e desfizera-se depressa.