quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Postagem-desabafo nova, yay.

Nostalgia, nostalgia de inúmeras e inúmeras merdas, mas, hoje, a que belisca os cantinhos da minha alma precoce é a da sua voz. Saudade da sua voz alucinógena. Não me pergunte quantas vezes eu repeti aos quatro cantos que sua voz é alucinógeno natural, porque eu não sei. Lembro que ao desligar o telefone depois de cem minutos te ouvindo, no meio da madrugada silenciosa e evacuada, sentia tontura todas as vezes. Really, baby, really. Continuava deitada na cama por alguns segundos esperando meu eu se compactar ao corpo novamente, pensava “esse cara existe mesmo?”. Gosto absurdamente de escrever sobre nossas madrugadas nas minhas madrugadas. Sei que, hoje em dia, as suas são ocupadas por outros papos, com outras gurias corajosas o suficiente pra te aguentar com sono, sei, mas não existe vingança entre dois em um. Aliás, você tem dormido mais ou continua o mesmo monstro noturno de antes, como eu? Deixou de lado a vida de filósofo barato e anda se dedicando à estudar todos os dias, sabe, pra sair logo do país, assim como quer? Provavelmente não. Você não se dedica a nada, quase nada. Suas coisas são levadas a base de “que eles se adaptem a mim”. Tudo que te faça sair da bosta do seu lugar confortável e mentiroso, você não quer. Exemplo? Eu. Um dia, você sabe, vou te ver acordar completamente disposto a largar a miséria, me ligar e dizer com a boca cheia que necessita de salvação, da minha salvação, “Vou precisar de você pra continuar vivo”. Minha voz quase não saia, presa, enferrujada... ou eram as palavras? Fui tão original contigo, tão virgem. Desde o singelo e insano “Eu não tenho chances contigo” até a paixão. Fui o que nunca tinha sido com desconhecido nenhum. Eu fui sincera e sua como não se pode ser. Você é uma cópia barata, uma cópia barata de um disco furado que toca em carros de luxo enquanto meninas se suicidam. Sinto falta do frio na barriga que me desconstruía no quente do meu quarto, entre os tons da sua risada. Sinto falta da sua risada, da minha risada misturada com a sua...

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