Ora, como você pode ter a ousadia de perguntar quem sou? Não há - apenas - uma resposta. Hoje sou Azul, amanhã Vermelho. Hoje acordo meio Gramática, amanhã Matemática, e depois não me espantaria em despertar filosofando aos quatro ventos que apenas Sou. Dizendo que em mim não há sujeito nem concreto, e nem abstrato. Que não há fórmulas definidas, e que na maioria das vezes os meus resultados são inexistentes. Que sou apenas eu. Vã filosofia. Vã poesia que, naturalmente, se transforma e se apaga com o impiedoso tempo.
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