domingo, 11 de dezembro de 2011

Eu não sei se mudei desde que me olhei no espelho pela última vez.
Não tenho consciência do tempo certo com que mudo do Azul para o Vermelho, com que cruzo a linha tênue da razão para a emoção. O meu relógio é inconstante, e nunca me lembro onde o deixei na última vez em que tentei abandonar o presente. Ou o passado. Ou o futuro.

Sempre que o procuro mais uma vez, ele está no meu bolso.

Num piscar de olhos volto às primeiras linhas, e reescrevo-as mudando completamente o contexto - tornou-se um diário íntimo. Mesmo que apenas uma pessoa continue o compreendendo. Eu.
Ainda que muitas vezes doesse, rabiscando alguns papéis foi que pude descobrir muitas das minhas verdades.
E sendo assim, continuarei sonhando com tudo aquilo que minhas linhas fantasiaram. E desejando tudo das entrelinhas também.
E caminhando no meu mundo.

Eu não sei se mudei desde que me olhei no espelho pela última vez.
Apenas continuarei escrevendo todas aquelas coisas sobre mim que eu sei, não teria coragem de admitir olhando para ele.

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