terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"Um aperto no coração a avisou de que o futuro feliz que desejava (...) talvez nunca acontecesse. 'Se for necessário, lutarei contra o destino', jurou, enquanto uma lágrima escorria por sua face"

Tristão e Isolda (Adaptação de Helena Gomes), p. 78.

Eu fui deixado aqui. Ela apenas me esqueceu, mas confesso não me arrepender de, um dia, ter sido o melhor desejo que poderia nascer do pequeno coração dela. Sim, meu anjo, sou eu. Aquele amor antigo que você não deixou florescer. Não se preocupe, eu te desculpo por ter sentido medo, por não querer abraçar seus sonhos por pura imaturidade e por um ou outro devaneio. O seu adeus me machucou, mas eu não poderia contrariá-la. Adormeci no canto sujo em que você me jogou. Qual o sabor da vida sem mim? Espero não ter sido ruim, ouvi você chorar tantas vezes... Assim como faz agora. Os seus soluços me acordaram. Pensei em sair daqui e te abraçar, mas você trancou a porta tão bem que não me atreverei a tentar abri-la. Não me atreverei, minha querida, só você pode fazê-lo.
(Texto pessoal em "homenagem" a um amigo meu. Minha frustração com palavras, espero que entendam.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário